Ele voltou a atacar autoridades através do grupo de WhatsApp Informativo Rondônia
Fogaça está impedido pela Justiça de se manifestar sobre a mídia para não atrapalhar o andamento das investigações
Porto Velho (RO) – O vereador Everaldo Fogaça voltou a ser alvo de críticas e questionamentos após, segundo relatos, descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça e realizar novos ataques contra autoridades públicas por meio de um grupo de WhatsApp, o Informativo Rondônia.
Ele também apresentou diversas acusações sem provas contra a jornalista Rayane Trajano, administradora do grupo. Fogaça aparentemente se irritou porque Rayane disse que o governador não tem nenhuma razão para perseguir ninguém. O vereador se diz perseguido.
De acordo com decisões judiciais já tornadas públicas, Fogaça está submetido a medidas cautelares que o proíbem de se aproximar de determinados jornalistas, do presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, além de impedir manifestações públicas sobre um processo que investiga irregularidades na área de publicidade institucional.
Mesmo diante dessas determinações, mensagens atribuídas ao vereador circularam recentemente no grupo denominado “Informativo Rondônia”, onde ele teria voltado a atacar o governador do Estado, deputados estaduais e o chefe da Casa Civil. As publicações, segundo integrantes do grupo, mantêm o tom agressivo já observado em episódios anteriores.
Uso de chip em nome de terceiro e identidade falsa
Um dos pontos que mais chamou atenção das autoridades e observadores políticos foi a informação de que, no início desta semana, o vereador teria utilizado um chip telefônico registrado oficialmente em nome de seu filho, além de empregar um nome falso no aplicativo, supostamente com o objetivo de driblar as restrições judiciais e continuar se manifestando.
Caso confirmada, a conduta pode configurar novo descumprimento de ordem judicial, o que pode agravar a situação do parlamentar perante a Justiça.
Investigação sobre publicidade e sites falsos
Everaldo Fogaça é investigado em um processo que apura um suposto esquema de fraudes envolvendo publicidade em sites, no qual ele é apontado, segundo a investigação, como possível mentor de um grupo que simulava acessos em sites falsos para obtenção de recursos públicos. O vereador nega as acusações e afirma ser alvo de perseguição política.
Em razão desse processo, a Justiça determinou que o parlamentar se abstenha de comentar publicamente o caso, justamente para evitar interferência nas investigações e preservar o devido processo legal.
Repercussão política e possíveis desdobramentos
Os novos episódios aumentaram a pressão sobre os órgãos de controle e sobre o próprio Judiciário, que poderá ser provocado a avaliar o endurecimento das medidas cautelares, incluindo sanções mais severas em caso de reincidência.
Nos bastidores políticos, aliados e adversários avaliam que a insistência em ataques públicos pode isolar ainda mais o vereador e comprometer sua atuação parlamentar.
Até o fechamento desta matéria, Everaldo Fogaça não havia se manifestado oficialmente sobre as novas acusações de descumprimento das medidas judiciais. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.
