Os riquinhos foram para cima e Léo disparou: soja não é carga tão perecível assim. Pode esperar para descarregar no dia seguinte
O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), conseguiu com o Dnit a proibição do trânsito de carretas pela região central de Porto Velho nos horários de pico. Carretas carregadas ajudam a abrir buracos nas ruas e estradas, e causam engarrafamento na capital. O trânsito doido da cidade leva dezenas de acidentados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e depois para o Pronto Socorro João Paulo II. Palmas para o Léo, então.
E agora aparece aí uma associação, uma tal de Aprosoja, onde a diretora faz beicinho e reclama. Mas não tem dessa não. Léo, bota pra moer. Esses riquinhos do interior não podem apitar no trânsito de Porto Velho. Deixa ela fazer biquinho e bater o pezinho.
A diretora da Asprosoja, em um vídeo, reclamou que os caminhões já ficam parados em um posto de Porto Velho, na fila, mesmo sem a proibição de trafegarem na cidade nos horários de pico. O próprio Léo Moraes já disse não soja não é uma mercadoria tão perecível assim, por isso pode ser embarcada no dia seguinte. De novo: Léo, bota pra moer. Fica do lado do povo.
Esse papo de que alimentam o Brasil é conversa furada. São exportadores internacionais, ganham rios de dinheiro com a soja. Se geram algum emprego, é somente porque é o jeito. Para ganharem dinheiro, precisam gerar empregos. Não é para o povo ter dó dos riquinhos.
Aqui não estamos falando de pequenos e médios produtores, que deveriam é ter subsídios do governo federal. Estamos falando de gigantes plantadores de soja. Eles que construam um lugar para que os caminhoneiros fiquem e descansem com mais conforto. É gente riquíssima, que recentemente deu pulos quando se cogitou em cobrar 1% de imposto sobre a produção.
Apertaram a Assembleia Legislativa, bateram o pé, e conseguiram ficar sem pagar imposto. E não cobrar imposto desse povo está errado. Não são coitadinhos. São gente rica, que ajudam a destruir o asfalto com essas carretas carregadas, que não pagam imposto pela produção, e que acham que podem fazer em Porto Velho o que bem entendem. Léo bota pra moer nessa tal de Aprosoja. O trânsito de Porto Velho agradece.
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