A investigação no rombo no Fundo de Previdência Social de Ji-Paraná pode enterrar sua pré-candidatura
Ele vinha sendo sondado para ser pré-candidato a vice-governador e também para ser pré-candidato ao Senado em 2026
Em Ji-Paraná muita gente diz que o ex-prefeito Jesualdo Pires está envolvido até o talo no rombo de R$ 41 milhões no Fundo de Previdência Social. Em Ji-Paraná muita gente diz que, onde Evandro Muniz coloca a mão, dinheiro desaparece pelo ladrão. E agora todo mundo sabe que os dois estão sendo investigados pela Polícia Federal.
Aparentemente o dinheiro não sumiu por uma simples falha. Parece que teve rolo mesmo, com a ação de uma organização criminosa, a chamada Orcrim. O grupo comprou títulos de alto risco, os chamados títulos podres. Não tem nenhum menino lá. Apenas bagres ensaboados que sabiam muito bem do risco da operação.
A Polícia Federal investiga se a organização criminosa levou dinheiro para comprar os títulos podres. Isso é tido como comum quando um grupo se junta para cometer crimes, desviando dinheiro de grupos de Previdência. A PF está escolada com isso.
Como o crime acontece? Grupos compram os chamados títulos podres, pagam caro e recebem comissão por fora. Quando se descobre que os títulos adquiridos não valem praticamente nada, o servidor público que contribuiu com o Fundo de Previdência fica no prejuízo. Algo parecido aconteceu no Iperon. Roubalheira mesmo. Os Poderes tiveram que fazer um esforço em conjunto para sanar a situação no Iperon, caso contrário não haveria mais dinheiro para pagar aposentadoria de servidores estaduais.
O que se investiga em Ji-Paraná é se o grupo recebeu dinheiro de volta para comprar os títulos podres. Ou seja: a PF quer saber se há bandidos ou apenas burros.
E, em Ji-Paraná, há algum tempo se fala em suposto envolvimento de Jesualdo Pires. Se ele tiver alguma boa explicação, até conseguir mostrar que focinho de porco não é tomada, adeus pré-candidatura a vice-governador, a senador ou a suplente de senador. Que pena. Era um bom nome.