Alex Testoni fecha escola rural e transforma prédio em canil

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Alex Testoni fecha escola rural e transforma prédio em canil

Crianças são obrigadas a estudar longe de casa, enfrentando estradas intransitáveis e um transporte escolar falido

Enquanto isso, o novo canil será instalado em área afastada, dificultando a fiscalização

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A prefeitura da Estância Turística de Ouro Preto do Oeste, sob a gestão do prefeito Alex Testoni, decidiu fechar a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) 22 de Dezembro, localizada à Linha 115, Gleba 17, Lote 59, Zona Rural, e transformar o prédio em um canil municipal.

A mudança obriga crianças da região a se deslocarem para escolas na cidade, aumentando a dependência do transporte escolar, que já enfrenta problemas estruturais, dificultando o acesso à educação. Enquanto isso, a nova sede do canil ficará afastada da zona urbana, levantando preocupações sobre a fiscalização e o bem-estar dos animais que serão abrigados no local.

O fechamento da escola expôs um dos maiores problemas da gestão Testoni: o abandono da educação no campo. Pais e responsáveis relatam que agora precisam escolher entre obrigar seus filhos a viajar longas distâncias em um transporte escolar precário ou desistir de enviá-los à escola, comprometendo sua formação.

O transporte escolar em Ouro Preto do Oeste já era alvo de críticas antes da medida, e a nova demanda apenas agrava o cenário. Pais relatam que os ônibus que deveriam buscar os alunos não passam, atolam ou quebram nas estradas rurais, que estão em estado precário devido à falta de manutenção. Há semanas, a prefeitura anunciou que o serviço seria normalizado, mas a frota emergencial sequer passou na vistoria do Detran, adiando ainda mais o retorno das crianças às salas de aula.

Com as chuvas intensas, a situação das estradas rurais se tornou ainda pior, tornando o deslocamento um verdadeiro desafio para os moradores da zona rural. A prefeitura, no entanto, não apresenta soluções concretas para resolver a crise, deixando as famílias sem qualquer perspectiva de melhora.

Além dos transtornos para os estudantes, a destinação do prédio da escola para um canil também gerou questionamentos. Ativistas da causa animal alertam que a nova localização, afastada da cidade, dificulta a fiscalização e pode abrir margem para negligência e maus-tratos aos animais. Sem a presença ativa da população e de voluntários, a preocupação é que o canil se torne apenas um depósito de cães, sem infraestrutura e cuidados adequados.

A decisão foi tomada sem consulta à comunidade e sem um planejamento transparente. Não houve audiências públicas ou debates com pais e responsáveis antes do fechamento da escola, e a prefeitura não apresentou justificativas detalhadas sobre a necessidade de encerrar as atividades da unidade de ensino.

Enquanto crianças da zona rural enfrentam dificuldades para continuar estudando e animais correm o risco de serem deixados em condições inadequadas, a administração municipal segue sem prestar esclarecimentos concretos à população.

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